O primeiro ano de Jair Bolsonaro à frente do executivo nacional não somente tem dissolvido uma série de ilusões em relação à democracia brasileira, mas também tem imposto a necessidade urgente de uma nova qualidade na prática política. Apesar das velhas receitas, dos chavões e da ingenuidade ainda gozarem de espaço confortável entre nós, cada dia mais brasileiros despertam para a inviabilidade do capitalismo subdesenvolvido e dependente tal como o conhecemos. O último patamar do processo de falta de valor para distribuir encerrou aquele ciclo, que permitiu até então uma série de margens de manobra para viabilizar as mais variadas expressões de políticas de conciliação de classes. Mais ainda: os recentes acontecimentos em escala continental na América Latina têm demonstrado que crescentemente vivemos um momento de situações extremas, as quais podem ser parcialmente previsíveis apenas com a fusão entre uma elaboração teórica consistente e um novo radicalismo político. Em suma, ao contrário do que diziam os ideólogos da ordem – da direita à esquerda –, que vivíamos uma “onda conservadora” avassaladora, e que o recuo e a capitulação seriam as únicas saídas, o que atualmente se nota é o movimento inseparável da revolução e da contrarrevolução. O liberalismo brasileiro de direita (PSDB) e de esquerda (PT) lançou mão dessa retórica para inviabilizar o balanço do fracasso retumbante dos seus anos à frente da administração do plano real e para desconversar o fato de terem sido incapazes de avançar rumo a reformas estruturais, a vitórias permanentes e de derrotar a organização da reação.
Não se trata somente de uma vontade de colocar a tática e a estratégica da revolução brasileira no centro do debate público, mas principalmente de termos a consciência de que essa é a única possibilidade de superação que a própria realidade sócio-histórica brasileira coloca. Vale lembrar que além das medidas ultraliberais do governo Bolsonaro, nós estamos meramente no primeiro ano fiscal da emenda constitucional, que congela os gastos públicos e que foi aprovada no governo Temer, e este conjunto de alterações no conjunto das relações econômicas por si só significa que a temperatura da luta de classes no Brasil só tende a se radicalizar. Isso pode ser dito, porque tanto as frações burguesas internas quanto as externas já deixaram por extenso que não vão aceitar qualquer queda na taxa de superexploração do trabalho, muito pelo contrário. É o inimigo que está declarando uma guerra contra todos nós.
Nesse contexto, em que nos preparamos para a disputa eleitoral de 2020, fica evidente que embora certamente precisemos elaborar um programa que coloque para circular na esfera pública respostas contundentes ao colapso das cidades brasileiras sob a pressão do aprofundamento do subdesenvolvimento e da dependência, é igualmente fundamental que apontemos uma alternativa que rompa com o caminho da conciliação de classes pavimentado e trilhado pelo PT.
Tendo tudo isso em vista, saudamos, apoiamos e nos somamos à pré-candidatura do camarada Carlos Giannazi à prefeitura de São Paulo pelo nosso partido. Em longa experiência legislativa, tanto vereador como deputado, comprometido com as lutas dos trabalhadores, não tem para ninguém na cidade de São Paulo! Ele é o nosso melhor candidato a Prefeito!
Deixamos absolutamente explícito nosso rechaço a qualquer tentativa de confundir o projeto do PSOL, que, é sempre bom recordar, nasce para ser uma superação do petismo, com os imbróglios nos quais o liberalismo de esquerda se enredou. No Brasil certamente existe espaço para um protagonismo do PSOL; porém, tal protagonismo só será possível caso ele se coloque como porta-voz desse novo radicalismo político, que deve ser consequente e informado justamente para saber que é hora de avançar. Por fim, é bom lembrar que nossa atuação não começa e nem se encerra nas eleições, mas as instrumentaliza para fazer ecoar nossos diagnósticos sobre a crise brasileira e o chamado à organização da Revolução Brasileira, que rompa de uma vez por todas com o desenvolvimento do subdesenvolvimento e da dependência.
Não conheço o trabalho do Giannazi, nem sou eleitor em São Paulo. Sou soteropolitano, mas nossos problemas são quase idênticos. Assim, gostaria de saber qual o posicionamento do companheiro em relação às teses da Revolução Brasileira em geral e particularmente em relação às eleições e ao processo eleitoral vigente.
Apoiado!!!!
Por entender e reconhecer que sem educação e de qualidade viveremos no caos…. Todas especificidades atendidas, sonho de todo professor, só para quem entende e sabe qual é o caminho…
Chão da escola, lugar que se interaje e se multiplica amplos conhecimentos, entendimento de poucos!
Conheço o trabalho e gosto do trabalho do professor Carlos Giannaze, nós trabalhadores da saúde do Várzea do Carmo torcemos pela sua candidatura e prefeito de São Paulo. Com ele prefeito acredito que tenhamos saúde e educação, com políticas públicas sociais para a população da cidade de São Paulo.
Sucesso Giannaze estamos juntos nessa empreitada ??
Sou paulista e paulistano professor nesta cidade com 12 milhões de habitantes que necessita de uma pessoa seria e honesta, digno do seu mandato e eleito vereador e deputado estadual pelo Psol. Representante legítimo dos profissionais de educação e da saúde, conhecemos bem o seu mandato…por isso meu voto é Carlos Giannazi prefeito.
Não conhecia o Giannazi, vim procurar sobre graças ao toque da camarada Angélica. Sou paraibano mas gostaria de ler algum artigo ou texto do Carlos para poder ter uma ideia de como funcionaria sua prefeitura em SP, pelo menos na teoria.