Precisamos Construir uma Saída Revolucionária!
A classe trabalhadora brasileira anseia por um processo revolucionário. A política de conciliação gerenciada por petista e tucanos, e apoiada por amplos setores da dita esquerda (da ordem e institucional) no interior dos Partidos, Sindicatos e Centrais Sindicais, resultou no completo desamparo da classe trabalhadora frente aos ataques cada vez mais severos das classes dominantes.
A eleição de Jair Bolsonaro representou a falência do consórcio firmado entre petistas e tucanos. A classe trabalhadora brasileira, imersa na crise capitalista e desarmada ideologicamente (inclusive por amplos setores da dita esquerda), aderiu massivamente ao discurso anti-sistema de Bolsonaro, vendo nele a única alternativa de ruptura radical com o sistema estabelecido e com a velha política, contra "tudo o que está aí". A ruptura proposta por Bolsonaro, porém, nunca passou de um simulacro: uma ruptura apenas aparente cujo objetivo foi, desde sempre, a manutenção da ordem dominante e a intensificação da guerra de classes. O governo ultraliberal e protofascista de Bolsonaro aprofunda e acelera as medidas exigidas pelas classes dominantes (reformas trabalhista e previdenciária; desvinculação das receitas da União, e cortes constantes nos gastos públicos).
Na divisão internacional do trabalho, na qual o Brasil se submete a ser apenas um exportador de matérias primas agro-pastoris e extrativa, esse estado imposto pelo governo Bolsonaro aprofunda a submissão do país ao imperialismo dos Estados Unidos. O conteúdo estrutural da luta de classes se expressa de formas específicas em cada nação do mundo capitalista, colocando a necessidade, sempre presente, de apego à realidade nacional como condicionante necessário de uma prática que vise transformar a condição de exploração que assola grande parte da população. A nossa condição, portanto, não pode ser discutida fora da condição nacional da classe trabalhadora brasileira, e a condição da classe não pode ser discutida fora do próprio modelo de acumulação do capitalismo brasileiro.
A Educação Pública não está alheia a este cenário de guerra de classes. Com o objetivo de fortalecer o setor privado, há um processo de destruição da Escola Pública.
Nesta conjuntura de conciliação e, agora, ultraliberal, cabe ao SEPE abandonar a política burocrática e de conciliação, infelizmente, hegemônica nos governos petistas e agora, no governo Bolsonaro. O SEPE precisa imediatamente deixar de ser um sindicato de Estado (busca apenas por resultados) e transformar-se, junto com a categoria, em um sindicato de enfrentamento para construir uma educação pública de qualidade e contribuir para a construção de uma sociedade anticapitalista.
É neste sentido que conclamamos às/ aos Profissionais da Educação para construir o SEPE como um sindicato revolucionário.
Uma entidade pela REVOLUÇÃO BRASILEIRA.
Profissionais da Educação em Miguel Pereira:
Radicalizando a Luta!
O ano de 2019 se inicia como um período de luta para os profissionais de educação do município de Miguel Pereira. Diante da possibilidade da reforma da previdência; dos cortes de verbas para a educação básica (que dificilmente sobreviverá sem os repasses do governo federal); do ataque às universidades e à pesquisa; do número cada vez mais crescente de desempregados e subempregados, e do descaso com os profissionais de educação por parte do poder público, os funcionários da rede municipal decidiram que basta!
Todos sabem que o sucateamento da educação pública no Brasil não começou com o atual governo; porém, a situação dos funcionários da educação vem piorando a cada dia com a crise econômica. Salários achatados e planos de carreira defasados tornam-se problemas mais graves em momentos de elevação do custo de vida. Frente a todo este cenário de terror em que vivemos, a categoria, que vinha se organizando timidamente há algum tempo, apresenta hoje um fôlego renovado para lutar. As duas greves da educação deste ano tiveram adesão em massa das escolas e creches municipais. Algo histórico para uma cidade que foi domínio dos barões do café no passado.
Estamos construindo um movimento grande, nos unindo contra os desmandos dos poderosos, no entanto, falta radicalidade. Falta direcionar nossa raiva e nosso enfrentamento, não somente aos políticos, mas a quem realmente detém o poder, a burguesia.
Precisamos tomar as rédeas das nossas vidas e construir um caminho nosso: rumo à Revolução Brasileira.
Adiante e à Esquerda !!!!!
Rede Estadual, Cinco anos sem aumento:
É preciso construir a greve da educação!
A educação estadual está há cinco anos sem aumento. De arrocho salarial passamos a viver em um estado de aumento inaceitável da exploração dos profissionais da educação, nesse quadro, percebemos o quanto a categoria vive pauperizada e vilipendiada nas suas condições básicas de sobrevivência. Durante o Governo Pezão, a categoria, segundo dados do sindicato, acumulou uma perda salarial de 28%. Em janeiro desse ano, o piso nacional foi reajustado em 4,17%. Totalizando 32,17 de defasagem ao já calamitoso salário-base pago pelo estado do Rio. O rio de Janeiro não paga o piso nacional e também não cumpre a lei de implementação do 1/3 da carga horária destinada ao planejamento. Em 2016, a educação estadual organizou uma greve forte e participativa que durou mais de 140 dias e conseguiu organizar a categoria para enfrentar o governo de Cabral/ Pezão. Com presença significativa da categoria nas assembleias e participação da base das escolas nos atos e mobilizações, construímos uma greve forte. É preciso reorganizar a categoria para a luta contra o governo protofascista de Witzel. Urge a necessidade de um calendário de mobilizações e paralisações que comecem a impulsionar a organização da categoria por escolas. Precisamos imediatamente de um amplo calendário de lutas contra a reforma da previdência e em defesa dos profissionais da educação. É fundamental organizarmos a educação estadual para superarmos os ataques dos governos burgueses. Aumento salarial, já! A hora é agora! Precisamos construir um caminho rumo à Revolução Brasileira. Adiante e à Esquerda !!!!!
Casemiro de Abreu:
Enfrentamento em defesa da Educação
Núcleo do SEPE de Casimiro de Abreu nasceu em 2018 a partir da divisão do Núcleo do SEPE Rio das Ostras/Casimiro de Abreu. O antigo Núcleo já não dava conta das exigências das respectivas categorias, devido os diferentes aspectos políticos e sociogeográficos de cada Município.
A direção do SEPE Casimiro de Abreu tem duas características marcantes: Pluralidade dos profissionais que a compõe. Somos Professores do Estado; Professores do Município, Agentes e Auxiliares de Creche. Na direção, há também uma pluralidade de concepções político e ideológicas, unificadas na ação. A unidade se constrói na organização e politização da categoria através de um trabalho contínuo de visitas às Escolas. A relação do SEPE com a Prefeitura, Câmara dos Vereadores e Secretaria de Educação é de ENFRENTAMENTO PERMANENTE (nunca de conciliação).
Em Casimiro de Abreu a Educação Pública está sucateada: Escolares Precárias, Falta de pessoal e material e adoecimento das/os Profissionais. Salários indignos! Apesar das dificuldades, importantes vitórias foram obtidas: Reajuste dos professores, redução da carga horária (agentes e auxiliares de creche), elevação para 01(um) salário mínimo dos ganhos das Auxiliares de Serviços Gerais e das Merendeiras (Sim! em Casimiro de Abreu estes dois segmentos recebiam abaixo do salário mínimo) e o fim dos descontos ilegais para o INSS nas horas extras realizados pela Prefeitura.
Em 2018, direção e categoria realizaram manifestações e, pela primeira vez (fato inédito no Município), ocupamos a Prefeitura, da qual fomos retirados de maneira extremamente violenta. Posteriormente, já como SEPE Casimiro de Abreu, manifestações e atos organizados pela direção (junto com a categoria) são constantes em todo evento dos órgãos públicos municipais que tratem das questões da Educação.
Como foi dito acima, a direção do SEPE Casimiro de Abreu é plural com unidade na ação, e desta forma, a Revolução Brasileira está representada pelo companheiro Paulo Mendes. Adiante e à Esquerda !!!!!
O manifesto pela Revolução Brasileira
Foi lançado em 04/2017. Nele, apontávamos para o elemento central da conjuntura política brasileira: a crise terminal do sistema Petucano. Petistas e tucanos haviam administrado durante longos anos o pacto de classes da sociedade brasileira criado no Plano Real. A crise capitalista, o ajuste fiscal promovido pela presidente Dilma e o seu decorrente impeachment, abriram a possibilidade para o radicalismo político. A proposta desde o início foi refundar um radicalismo político de esquerda há muito soterrado. A ditadura militar e, posteriormente, a hegemonia do liberalismo que se articulou em torno do petismo e de amplos setores dos movimentos populares brasileiros tratou de barrar a perspectiva revolucionária que era fortemente presente no Brasil antes de 1964. Com base neste diagnóstico da crise exposto no Manifesto, lançamos o nome do camarada Nildo Ouriques como pré-candidato à presidência da república pelo PSOL. Infelizmente a maioria dos setores internos do PSOL optaram pela candidatura de Boulos. Em 2018, avaliamos que a escolha era um equívoco, já que nos colocava como linha acessória do petismo nas eleições. Fracasso anunciado! A eleição de Bolsonaro foi a expressão da crise terminal do sistema Petucano. Como essa crise não encontrou uma tradução no radicalismo de esquerda, foi o radicalismo de direita que infelizmente se consolidou como alternativa. São tempos de profundas mudanças, onde a crise do capitalismo (econômica, social, política, moral e ambiental) recoloca o debate político naquilo que é central: “Socialismo ou Barbárie”. Por isso mesmo afirmamos a necessidade de organizar nossa militância política em torno da Revolução Brasileira. Não apenas como ideia, mas também como força material dentro do movimento dos profissionais da educação.
Convidamos os militantes que conheçam a Revolução Brasileira. Assim somaremos esforços nesse grande movimento militante e radical, contra os exploradores e na busca do socialismo.