Uma esquerda que não se propõe revolucionária

 Primeiramente, é importante salientar que, conforme apresentado no Manifesto pelo Voto Nulo, em que se afirmou não apenas o rechaço ao apoio à candidatura de Lula, inclusive em 2° turno, mas ao próprio sistema eleitoral a que nos submetemos no contexto atual, disfarçada de regime democrático, a campanha pelo voto nulo estende-se, também, às ditas candidaturas “críticas” do campo progressista. Diante do quadro de agravamento sistemático da crise brasileira e latino-americana, somada às condições que se deram as aberturas das universidades e suas demandas dependentes ao mercado de trabalho globalizado que reafirma de forma ainda mais categórica a superexploração e a dependência da periferia, acrescenta-se à discussão tática das eleições de 2022 esforços militantes decorrentes de reflexões e da própria empiria da práxis política revolucionária sobre os rumos que tomaremos quanto ao vulgar processo eleitoral. Estes esforços se darão orientados especialmente para uma análise sobre a candidatura de Sofia Manzano, do Partido Comunista Brasileiro (PCB), Leonardo Péricles, da Unidade Popular (UP) e Vera Lúcia, do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), as chamadas “chapas socialistas” das eleições deste ano.

 Primeiramente, ao proporem a reversão às contrarreformas, damos a razão a elas, mas não há nenhum pano de fundo de interpretação dessas contrarreformas na afirmação do Brasil como país dependente e periférico, compreendendo as demandas efetivas dos países centrais e o papel central da burguesia nacional exógena frente ao controle do aparato parlamentar na aprovação das mesmas. O debate da dependência, por óbvio, quase não aparece, de forma bastante ofuscada e deturpada, preferindo aderir ao discurso lulista do combate ao “Neoliberalismo” e sua expressão máxima na América Latina que seria… a digestão moral da pobreza? Não! “O golpe de 2016”.

 Ademais, o diagnóstico da crise, sustado no suposto “golpe” de 2016 e alimentado entre as chapas que, aparentemente, trazem vias para o começo de um suposto declínio político, econômico e quase moral, especialmente entre as “minorias” que são nominadas numa tentativa de atrair a atenção destas e das frações do liberalismo de esquerda e que, em troca, rebaixa o discurso e o dissocia da totalidade da luta de classes, da dialética da dependência e da consciência nacional condicionados ao sistema econômico vigente, cujas expressões moleculares se darão na maior espoliação à população negra e feminina. Em outros termos, as candidaturas reproduzem um discurso viciado há décadas do liberalismo de esquerda, sequestrado pela direita, identitarista em sua essência e fim, que dissocia a questão do negro ou da mulher à realidade nacional e à formação social que condiciona os mesmos, e cujas soluções para ambos os grupos só se darão sob a análise da realidade nacional (não importada, portanto) e na superação do sistema capitalista, sem a qual não haverá libertação de etnia, raça ou gênero algum. Ademais, dissociando essas pautas, as torna cooptáveis aos próprios interesses econômicos e políticos, que se manifestam nas propagandas de bancos ou de parlamentares reacionários e até pós-fascistas, como Fernando Holiday, tornando o discurso da esquerda pouco distinguível a esses exemplos, haja vista que renuncia às pautas centrais concernentes à classe.

 Leonardo Péricles, da UP, representa uma candidatura insuficiente e até contraditória mesmo ao que se propôs a realizar. Em suas declarações em seu perfil pessoal nas redes sociais e no debate que presenciou no canal Contrapoder (ver https://youtu.be/9EzpfrphYNg), Péricles, como Vera, ressalta um aspecto fundamental entre as bandeiras da Revolução Brasileira: a Auditoria Cidadã da Dívida, responsável por drenar recursos que poderiam ser destinados a setores essenciais da economia brasileira, o fim do vestibular, a estatização do sistema bancário, entre outros aspectos que consideramos essenciais para o debate público. Além disso, ressalta, especialmente no campo da saúde, alianças com Cuba, que, de certa forma, remontam ao período petucano e ao Médico Sem Fronteiras.

 No entanto, ao trazer o diagnóstico e as razões pelas quais se deve derrotar eleitoralmente Jair Bolsonaro (PL), recua a uma postura identitarista e iludida sobre o cenário político latino-americano e, em especial, na administração burguesa da crise no Chile de Borić, além de sair em defesa das instituições burguesas como STF quase por um contra-efeito aos ataques rasos e que não constituem movimento de fato por parte de Bolsonaro. Tal é a inspiração sobre o quadro chileno que, entre suas propostas, está, justamente, a proposição de uma nova constituinte, a saída superficial e burguesa que não toca no nervo da lógica de desenvolvimento capitalista globalizado e, tampouco, põe como horizonte estratégico, sequer como programa, a Revolução Brasileira.

 Essa inspiração não se resume a apenas isso: no programa, propõe uma agenda de luta contra as opressões sem tocar nos nervos da propriedade e das condições concretas da classe trabalhadora, tratando questões caras à ala progressista, como o racismo, isoladamente; como se as lutas não fossem dependentes umas das outras e alçadas numa emancipação de classes representada, fundamentalmente, em um programa revolucionário como resposta à espoliação interna e externa vivida no Brasil expressa na dependência, na superexploração e na presença do produto histórico de nossas correlações sociais, e do nosso papel cumprido no mercado internacional que são as elites entreguistas e colonizadas que abdicaram de um projeto nacional em favor de suas ambições individuais, como meras gerentes da direção irradiada pelos países centrais.

 Péricles, apesar de se assumir “socialista”, apresenta um diagnóstico da crise brasileira idêntico no conteúdo em comparação ao petismo, trocando apenas os termos, tendo sua candidatura a maior chance, creio, de apoiar Lula no 2° turno, ao invés de aderir ao rechaço a esse sistema eleitoral e à redução que o mesmo provocou na escolha de duas figuras que, em essência, representam a coesão burguesa e a saída não só pelo sistema, mas fortalecendo o sistema. Sem povo na rua. Sem instrumentos de luta da classe trabalhadora. Sem movimento estudantil.

 Leonardo Péricles, em suma, por mais que, assim como os demais candidatos das chapas socialistas, apresenta uma candidatura legítima, não demonstra estratégia revolucionária, tampouco um diagnóstico crítico da crise brasileira e, menos ainda, disposição a anular o voto no 2° turno como expressão cabal de vontade política para superação da falsa dicotomia que nos aprisiona num prolongamento subdesenvolvido da disputa bipartidária nos moldes norte-americanos.

 Vera Lúcia, por outro lado, já se faz veterana no pleito eleitoral. Ex-militante do PT, expulsa após o partido não endossar o discurso pró-impeachment do então presidente Fernando Collor, Vera reergue bandeiras já conhecidas em seus discursos: a estatização financeira de empresas de setores essenciais da economia e o controle da remessa de lucros, aspectos que, enquanto revolucionários, temos acordo.

 Todavia, a deturpada visão revolucionária predominante no PSTU no contexto em que o Brasil se insere, desafia olhar sua candidatura como parte complementar à tática do apoio da RB à sua candidatura, espelhando ela em revoluções distantes de nosso contexto e questionando aquelas que, segundo Edmundo Moniz, tiveram originalidade. Vera, ao negar os aspectos fundamentais e a legitimidade do processo bolivariano na Venezuela e revolucionário cubano, põe em cheque um aspecto tático essencial na luta revolucionária latino-americana que é a integração e as próprias contribuições das realidades dadas nesses países à revolução brasileira, sem nunca transbordarem para a própria questão nacional brasileira que o PSTU se posiciona contrariamente em perceber e analisar, muitas das quais se compartilha com os movimentos nacionalistas e revolucionários experimentados no Terceiro Mundo sobretudo a partir do pós-guerra. Portanto, o apoio a Vera se mostra falho tanto no ponto de vista dos rumos da Revolução Brasileira como a própria contradição fundamental com teses basilares de nossa organização.

 Por outro lado, Vera, apesar de ter sido a única entre as chapas socialistas que não assinou o engodo da carta do imperialismo na USP, sustenta o mesmo erro na janela de oportunidade histórica dos dois outros candidatos ao não se pronunciar sobre a situação do 2° turno, somada aos seus esforços por combater o fantasma do “fascismo”.

 A candidata pelo PCB, Sofia Manzano, é mais uma candidata que se apresenta numa legítima campanha, parece rumar a um apoio a Lula no 2° turno. Veterana da juventude do Partidão, a UJC, o manifesto de sua candidatura apresenta, de forma eloquente, a reprodução de vícios cada vez mais alinhado ao liberalismo de esquerda.

 Manzano convoca o povo a “ir às ruas”. Mas ir às ruas exatamente para quê? Ressalto isto porque muitos dos atos nacionais de 2021 convocados pela sua militância tiveram pautas esvaziadas, apelando a discursos próximos do liberalismo de esquerda e a palavras de ordem que não traduziram movimento, e nenhum esforço por parte dos organizadores de criticar o esvaziamento até físico que se deu ao longo do ano e nas organizações estudantis. Isto, na realidade, se deve a um produto de reflexões que se deram sobre seu diagnóstico: não há diferenciação de uma esquerda que se propõe como revolucionária de uma esquerda liberal em seus discursos. Quando propõe a mobilização, convoca os sindicatos, sem compreender o tamanho da regressão e possivelmente a não correspondência ao chamado, fruto de 20 anos de regressão política afirmada pela própria boca do Lula. Seria preciso uma radical politização das massas para transformação desse cenário, o que não pode ser vislumbrado numa simples convocatória às ruas. A mobilização por si mesma não é produtora de consciência. Por si mesma, a mobilização pode criar um perigoso elã emocional, que invoca o protesto por ele próprio, sem assumir uma bandeira autêntica e nem tampouco um avanço ou uma nova reinvindicação, recaindo na metáfora da água escorrendo pela areia das teses de Rosa Luxemburgo sobre as movimentos de rua da Alemanha no começo do século passado. Aponto uma importante contribuição sua: “Por quanto tempo mais? Haveríamos que ter pouca sensibilidade com a vida espiritual das massas do país para não ver claramente que as manifestações de rua, já depois de seus primeiros impulsos, desatam por sua própria lógica interna uma disposição de ânimo nas massas e ao mesmo tempo criam objetivamente uma situação no campo de luta que as supera e que mais cedo ou mais tarde necessitará indefectivelmente de outros passos e meios mais contundentes (…) Em breve, as demonstrações de rua não servirão mais para satisfazer a necessidade psicológica da disposição de luta, a exasperação das massas, e se [as lideranças] não dão firmemente um passo adiante, se deixam passar o momento político oportuno para suscitar uma nova reivindicação, dificilmente conseguirá a permanência das demonstrações de rua por mais um longo período; a ação finalmente se adormecerá e escorrerá como água na areia.”. Em outras palavras, qual a nova reinvindicação que o Partidão traz? Qual avanço se configurou a partir dos atos que cada vez mais se esvaziaram do ano passado para cá, sendo o perfil de sua imensa maioria estudantes, servidores públicos e a classe média mais progressista? São exatamente as mesmas bandeiras endossadas por um mesmo discurso do liberalismo de esquerda, ainda desconsiderando um fator essencial: a ignorância, consentida ou “acidental”, do efeito prolongamento dos partidos da ordem nos sindicatos, estando estes funcionais às hierarquias, à burocratização e ao modus operandi dos partidos, não mais assumindo suas lutas próprias, assim como nos chamados movimentos populares, como o MST. Estão completamente aparelhados e às ordens das cúpulas partidárias, cuja expressão mais eloquente seja a CUT (PT), que não move um dedo sem pedir licença para Lula.

 Em termos de proposta, ratifica que o “operador político” agora se dará pelo “poder popular”. Ora, do que se trata o “poder popular”? Me esforço a cada vez que ouço esse termo, junto com “universidade popular”, e fiz minha própria conclusão: se trata de um termo vazio, recheado de conceitos marxistas isolados e de adorno, e que não apresentam um sentido e muito menos uma proposta sólida, parecendo muito mais um discurso de captura de um recém-radicalizado que ainda vaga perdidamente no campo mais à esquerda do que uma proposta sólida de politização. Vendem a proposta como instrumento da classe, quando já há sindicatos, centros acadêmicos, partidos que parecem ignorar, talvez por ignorância militante ou, no pior dos casos, consentida, querendo se desviar do quão estão aparelhados e disfuncionais às suas próprias lutas materiais, o que obstaculiza, inclusive, seu radicalismo expresso somente pelas palavras, sem correspondência entre os instrumentos de luta dos trabalhadores e estudantes, cooptados pelo peleguismo, pelo oportunismo e pelo eleitoralismo herdados dos 20 anos de regressão política e intelectual promovida pelos governos petistas. Crítica essa que, tanto Manzano quanto a cúpula do PCB, tentam, de todo modo, desviar, acenando para possíveis futuros apoios “críticos” a Lula-Alckmin que, em síntese, expressa sua eloquente renúncia à crítica ao liberalismo de esquerda.

 O discurso rebaixado se soma também a outro aspecto que tenta, de forma pífia, sequestrar votos da esquerda liberal, que é a própria “degradação ambiental”, como se esta fosse impulsionada somente após 2016, desvinculando a questão ambiental da verdade histórica da dependência e, portanto, da reprodução de uma economia primária exploratória, pautada na expansão do agronegócio fomentada pelo petismo e na importação dos custos ambientais derivados da atração das transnacionais ao território nacional. Em outras palavras, a crítica e a proposta de Manzano desconsideram a evolução histórica da colonização e a manutenção do saque de nossas riquezas e do envenenamento de nossas águas, sem a qual não haveria ordem imperialista, rebaixando o discurso da degradação ambiental ao aspecto governamental e mais, desconsiderando a parcela de culpa que os países têm e os esforços que cada um desses faz de compreender muito mais do que os meros resultados, mas as razões nas quais nos países periféricos há tanta degradação ambiental, esforço esse não feito por ela, pelo liberalismo de esquerda e pelas organizações internacionais, digerindo moralmente um debate histórico calcado na exploração de alguns povos sobre tantos outros.

 Somado a isso, a proposição das 30 horas de jornada de trabalho. Como se as de 40 já fossem realidade na classe trabalhadora brasileira! Não é só expressão do afastamento da realidade, como da negligência do fato da superexploração. As 30 horas de trabalho desconsideram as condições concretas dadas na periferia do sistema, com mais de 40% na “informalidade” (ou, como prefiro chamar, a partir da crítica de Milton Santos ao termo, o circuito inferior da economia urbana subdesenvolvida, uma vez que a “informalidade” é e sempre foi norma no sistema periférico para salvaguardar tanto a superexploração quanto os super lucros), os “bicos”, os turnos e os múltiplos empregos.

 A crítica ao programa petista, entre as candidaturas, não aparece de forma desvinculada a Alckmin e às forças políticas com quem o petismo selecionou suas alianças, como se a disfuncionalidade do petismo viesse, necessariamente, de fora dele. Ora, nossa organização sabe bem que Lula não só estancou o debate interno do campo progressista e centralizou este à sua figura, como a própria crítica à mesma, sustada na sua luta reformista passada renunciada em prol da digestão moral da pobreza. Como compreender a razão dos sintomas se não se chega à doença? Eis uma etapa fundamental deste esforço que faço aqui de compreender os proponentes e os ganhos que a RB poderia ter: seria uma candidatura apenas cosmética, que busca num futuro governo Lula um cargo ou um renome que jamais deveriam ser objetivos primários numa luta que se propõe ser revolucionária? As candidaturas parecem canalizar esforços para um eventual apoio a Lula no 2° turno, abdicando das já insuficientes críticas que se deram às implicações do PT na práxis politica da esquerda e no movimento das massas. Na realidade, vislumbra-se a oportunidade que PCB, PSTU e UP têm de engrenar novos filiados com essa que poderia vir a ser uma postura oportunista, mas não formante de novos quadros. O que parece, de fato, é que estão muito mais preocupados em sair na foto do que assumirem as rédeas de suas próprias lutas orientadas no processo revolucionário, não abdicando a organização revolucionária em prol da legenda eleitoral. Símbolo maior disso talvez seja a própria prova de derrota de sua tática política, ao abolir qualquer aspiração revolucionária ao assinar a carta da USP, pondo a sigla de seus partidos ao lado de FEBRABAN, Rede Globo e FIESP, numa clara demonstração de desconhecimento da conjuntura e dos problemas centrais dados na nossa realidade, não reconhecendo nossos próprios inimigos e retirando da classe que tem compromisso de defender o seu papel protagônico.

 Ademais, ao criar esse despolitizante perigo do “fasciscmo”, não imanente de nossa realidade, as chapas revelam uma essencial contradição: o vácuo de saídas concretas para a crise cíclica do capitalismo, que se expressa no aumento da superexploração e da dependência, preenchido tanto pelo discurso de caráter moral e apelativo quanto à criação de um falso perigo de “fascismo”, desmascarado pelo próprio Projeto de Nação 2035 da extrema-direita que, ao contrário do que pensam as chapas socialistas, prevê a manutenção do regime democrático tal qual está, uma vez que este, hoje, se configura como eleitoral, e não participativo, dado o extremo recuo das reinvindicações das massas em prol da sustentação e da autopromoção parlamentar na esfera política, inclusive mediante o abarcamento das chamadas “políticas sociais”, nunca criticadas por PSTU, PCB ou UP, mas que representam não só o baixo custo das mesmas, como a alta rentabilidade dada pela esterilização da luta das massas pela digestão moral da pobreza, desviando-as dos debates centrais tão ocultados por essas candidaturas. Esse regime é, portanto, totalmente funcional às elites nacionais e internacionais e ao saque de nossas riquezas, com instituições burguesas de justiça e legislativo completamente operantes na reprodução da dependência.

 O apoio a Lula no 2° turno é, para nós, critério caro e essencial para adequar qualquer uma das chapas ao grau de comprometimento com a rejeição às duas escolhas em evidência que, eventualmente, devem disputar o 2° turno das eleições presidenciais. Péricles, Manzano e Vera, ao optarem pela irresponsabilidade política do “no 2° turno conversamos”, perdem a oportunidade de incidir na conjuntura já do 1° turno, tanto num olhar mais distintivo de suas candidaturas frente à Lula-Alckmin, quanto na expressão de radicalidade frente a duas candidaturas eleitoralescas de vieses liberais além de predecessora de uma crise terminal da república burguesa. Além disso, a isenção no 2° turno revela uma grave contradição que representa a fragilidade de seus programas: dizem temer pelo “fascismo”, mas não aderem a Lula já no 1° turno. O que isto elucida? Ora, a finalidade da autoconstrução de seus próprios partidos e filiados internos pelas candidaturas. Nada de ganho político a nós.

 São candidaturas que, entre as mesmas, apresentam graves limites, não estando nenhuma sobreposta a outra, o que faz com que nosso posicionamento também não se incline em direção a alguma. A rejeição a essa falsa oposição deve ser evidente, e nossa diferenciação frente a esses deve deixar claro que não seremos testemunhas do funeral do petucanismo, senão quem daremos o golpe final e se proporá como alternativa real a tudo que aí se apresenta.

 

André Oliveira

Militante da Juventude pela Revolução Brasileira do Rio de Janeiro

 

 

 

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Comentários

  1. Nossa! O carpinteiro N.O. fazendo escola de estilo. O texto poderia ter sido assinado por ele. Espero que a RB não esteja formando uma geração de escribas à moda de departamentos de comunicação Orwellianos.

  2. Camarada André, procure escrever para a classe trabalhadora, que é majoritariamente iletrada e inculta. Da maneira como foi escrito, seu texto seria melhor compreendido pela classe média letrada e culta, e pelos professores universitários/acadêmicos. Procure usar a linguagem do povo do Brasil real, isto é, o vocabulário simples e as frases diretas e curtas. Por exemplo, a classe operária não sabe o que é “empiria” ou “práxis”; mas sabe o que é “prática”. OBS: a classe operária brasileira prefere períodos curtos e claros, sem rodeios ou floreios. Deixo esse breve comentário como sugestão. Um abraço e boa sorte!

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